A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

ESTADO DE MATO GROSSO

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAMBARI D’OESTE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA

 

 

 

 

 

 

 

SANTOS, Luciene Gil dos1

MONTEIRO, Elisangela2

SANTOS, Lenir Medeiros dos3

 

 

 

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NO ÂMBITO ESCOLAR

 

 

LAMBARI D’OESTE – MT, DEZEMBRO DE 2011.

 

 

 

RESUMO

 

                     

Neste Trabalho, busca- se evidenciar a importância da família na educação de seus filhos, no âmbito escolar.

Pois a família é o primeiro contexto na qual a criança desenvolve padrões de socialização, deste modo, ela se relaciona com todo o conhecimento adquirido durante sua experiência de vida primária que vai refletir na sua vida escolar. Sendo assim, o sucesso da tarefa da escola depende da colaboração familiar ativa.

É importante a colaboração da família, no ato de educar  , porque o aluno aprende também através da família, dos amigos, das pessoas que ele considera significativas, dos meios de comunicação, do cotidiano. Sendo assim, é preciso que professores e família tenham claro que a escola precisa contar com o envolvimento de todos. A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências.  Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988).

É necessário que família e escola se encarem responsavelmente como parceiras de caminhada, pois, ambas são responsáveis pelo que produz, podendo reforçar ou contrariar a influência uma da outra. Família e escola precisam criar, através da educação, uma força para superar as suas dificuldades, construindo uma identidade própria e coletiva, atuando juntas como agentes facilitadores do desenvolvimento pleno do educando.

 

 

 

Palavras- chave: 1. relação escola – família,  2.Desenvolvimento educacional.

 

 

INTRODUÇÃO

 

O presente artigo apresenta a  família como um papel educativo essencial, dela vai depender a definição do quadro de referência primário para a prática educativa. O meio familiar exerce uma das mais importantes influências no desenvolvimento das capacidades cognitivas e na estruturação das características afetivas dos filhos. No entanto, a educação familiar não deve entoar só os efeitos do desenvolvimento dos filhos. A família deve ser considerada um ecossistema da educação. Ela é a instituição mais privilegiada da educação, pois é no seu meio natural que o homem nasce e existe e onde se desperta como pessoa. Exerce enorme influência quer na integração escolar quer no desenvolvimento dos filhos.

 

A família no processo de educar.

A participação dos pais na educação dos filhos deve ser constante e consciente. Torna-se necessária a parceria de todos para o bem-estar do educando. Cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo, que é dinâmico e está sempre em evolução.

A família constitui uma instituição de extrema importância na formação e na educação das crianças, juntamente com a escola, onde é desenvolvida a educação e formação sistematizada das mesmas. Porém, é no ambiente familiar que a criança tem seu primeiro contato com a sociedade. Daí a importância da união dessas duas instituições sociais na formação educacional das crianças, embora a maioria dos sistemas educacionais defenda a posição de que a educação inicial é de responsabilidade da família, pelo fato de considerar esse ambiente familiar como ideal para o desenvolvimento e educação das crianças.

 

A vida nessa instituição deve funcionar com base na tríade pais – educadores – crianças, como destaca Bonomi (1998). O bom relacionamento entre esses três personagens, (dois dos quais são protagonistas na escola – educadores e crianças) é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida escolar, além de representar a ação conjunta rumo à consolidação de uma pedagogia voltada para a infância. 


A qualidade da Educação básica depende, cada vez mais, da parceria entre a escola e a família. As pessoas que cuidam das crianças, em suas casas, naturalmente possuem laços afetivos e obrigações específicas, bem como diversas das obrigações dos educadores nas escolas.

Porém, esses dois aspectos se complementam na formação do caráter e na educação de nossas crianças. Os pais e educadores não podem perder de vista que, apesar das transformações pelas quais passa a família, ela é fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da criança.


(Carraro, 2006) Em seu lar a criança experimenta o primeiro contato social de sua vida, convivendo com sua família e os entes queridos. 


Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos. Nunca se observou tantos professores cansados e muitas vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar. Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais frequentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. Ocorre que muitos pais, por todos os problemas já citados, delegam responsabilidades à escola, mas não aceitam com tranquilidade quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles. Em outras palavras.

 

[...] os pais que não têm condições emocionais de suportar a sua parcela de responsabilidade, ou culpa, pelo mau rendimento escolar, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo, para encontrar argumentos e pinçar fatos, a fim de imputar aos professores que reprovaram o aluno, ou à escola como um todo, a total responsabilidade pelo fracasso do filho (ZIMERMAN apud BOSSOLS, 2003: 14).


Entretanto, é importante compreender que, apesar de todas as situações aqui expostas, o objetivo não é o de condenar ou julgar. Está-se apenas demonstrando que, ao longo dos anos, gradativamente a família, por força das circunstâncias já descritas, tem transferido para a escola a tarefa de formar e educar. Entretanto, essa situação não mais se sustenta. É preciso trazer, o mais rápido possível, a família para dentro da escola. É preciso que ela passe a colaborar de forma mais efetiva com o processo de educar. É preciso, portanto, compartilhar responsabilidades e não transferi-las.

 

A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (PAULO FREIRE, 2000: 29)

 

Segundo Paulo Freire: “A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma e outra mudança” (2000: 30). Em outras palavras, está-se vivendo, em um pequeno intervalo de tempo, um período de grandes transformações, muitas delas difíceis de serem aceitas ou compreendidas. E dentro dessa conjuntura está a família e a escola. Ambas tentando encontrar caminhos em meio a esse emaranhado de escolhas, que esses novos contextos, sociais, econômicos e culturais, nos impõem.

 

Como diz Paro (1997, p.30)

"a escola deve utilizar todas as oportunidades de contato com os pais, para passar informações relevantes sobre seus objetivos, recursos, problemas e também sobre as questões pedagógicas. Só assim, a família irá se sentir comprometida com a melhoria da qualidade escolar e com o desenvolvimento de seu filho como ser humano."

 

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.

 

BONOMI, A. O relacionamento entre educadores e pais. In: BONDIOLI,

A.J.MANTOVANI, S. Manual de educação infantil: de 0 a 3 anos - uma abordagem reflexiva.

Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 1998. p.161-172.

CARRARO, Renata. Reportagem Revista Criança – MEC/SEB, 2006.

ZIMERMAN, David Epelbaum. A Psicanálise e a Escola. In: BASSOLS, Ana Margareth S. at al. (org.). Saúde Mental na Escola: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Meditação, 2003. p. 14.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.

PARO, Vitor Henrique. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. [s.l.]: Xamã. 30 p

 

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