A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

 

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

 

PORANGABA, Fábio Araújo

PORANGABA, Sandra de Souza Menezes

MENESES, Silvane de Souza

 

RESUMO:

        Este artigo tem como o objetivo discutir a importância do lúdico na educação infantil. Estas atividades ajudam na construção do conhecimento, podem ser entendidos como situações em que as crianças possam demonstrar seus diferentes tipos de sentimentos, podendo aos poucos aceitar a existência do outro. São as brincadeiras que tende de melhorar convívio entre as crianças, fazendo com que vivam situações de colaboração, trabalho em equipes e respeito. É preciso também conceituar o papel do educador nesse processo lúdico e ainda os benefícios que o brincar proporciona. Dessa forma, espera-se oferecer uma leitura mais consciente acerca da importância do brincar na vida da criança.

Palavras-chave: Educação Infantil, criança, educador, atividades lúdicas nas escolas de educação infantil.

 

INTRODUÇÃO:

        Nossa inquietação está relacionada em verificar como as atividades lúdicas influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos da Educação Infantil. As brincadeiras e os jogos são essência da influência e seu uso permite um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento de forma contextualizada no mundo infantil.

        As atividades lúdicas se trabalhadas corretamente, proporcionam condições adequadas ao desenvolvimento físico, motor, emocional cognitivo e social. São lúdicas as atividades que propiciam as experiências completa do momento, associando o ato, pensamento e o sentimento. A criança se expressa assimila conhecimentos e constrói sua realidade quando esta praticando alguma atividade lúdica. Segundo SCHWARTZ (2002), a criança é automotiva para qualquer prática, principalmente a lúdica, sendo que tendem notar a importância de atividades lúdicas para seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procurar pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades.

        Para SCHAEFER (1994), as atividades lúdicas promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança.

        As atividades lúdicas são fundamentais na formação das crianças, e verdadeiras facilitadora dos relacionamentos e das vivências no contexto escolar. Pois a mesma promove a imaginação e, principalmente, as transformações de sujeito em relação ao seu objeto de aprendizagem.

 

DESENVOLVIMENTO:

“A CRIANÇA O LÚDICO”

       Crianças pequenas experimentam desejos impossíveis de ser realizada imediatamente e, para resolver essa tensão, a criança envolve-se num mundo imaginação em ação (Minestrina, 2006).  Nesse sentido, a criança tem um desenvolvimento psicológico e cultural que se refere ao psíquico. Isso significa que a criança se constitui como um indivíduo de personalidade própria e como integrante de um grupo.

        Do ponto de vista filosófica a brincar é abordado como um mecanismo para contrapor a racionalidade.

        Em relação ao psicológico, o brincar está presente em todo desenvolvimento da criança nas diferentes formas de modificação de seu comportamento. Do ponto de vista sociológica, o brincar tem sido visto como uma forma mais pura de inserção das crianças na sociedade; brincando a criança assimila crenças, costumes, regras, hábitos do meio em que vive. Em relação ao pedagógico, o brincar tem se revelado como uma estratégia poderosa, para a criança aprender desenvolvendo suas habilidades. (Falcão, 2002). As atividades lúdicas fazem com que as crianças aprendem com prazer, alegria e sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está diante da concepção única de passatempo e diversão. A educação lúdica é uma ação inerente na criança e aparece sempre como uma única forma transicional, em direção a algum conhecimento. O brincar se torna cada vez mais importante na construção do conhecimento, oportunizando prazer enquanto incorporar as informações e transforma as situações da vida real (Falcão, 2002).

O PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

        Segundo Severino (1991) os profissionais das escolas infantis precisam manter um comportamento ético para com as crianças, não permitindo que estas sejam expostas ao ridículo ou que passem por situações constrangedoras. Alguns adultos, na tentativa de fazer com que as crianças lhes sejam obedientes, deflagram nelas sentimentos de insegurança e desamparar fazendo-as se sentirem temerosas de perder o afeto, a proteção e a confiança dos adultos.

        O educador tem como papel ser um facilitador das brincadeiras, sendo necessário crianças são responsáveis pelas suas próprias brincadeiras. Sempre que possível o educador deve participar das brincadeiras e aproveitar para questionar com as crianças sobre as mesmas.

O PAPEL DA LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

        Vygotsky (1984) atribui relevante papel ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos.

 

         A criança, por meio da brincadeira reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem, segundo Vygotsky (1984), tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que sistemiza suas experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento.

De acordo com Vygotsky (1984, p.97),

         A brincadeira cria para as crianças uma “zona de desenvolvimento proximal” que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível atual de desenvolvimento potencia determinada através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz.

         Por meio das atividades lúdicas, a criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela imaginação e pelo faz – de- conta, são reelaboradas.

         Esta representação do cotidiano se dá por meio da combinação entre experiências passadas e novas possibilidades de interpretação e reprodução do real, de acordo com suas afeições, necessidades, desejos e paixões. Estas situações são fundamentais para a atividade criadora do homem.

 

       Tanto para Vigotsky (1984) como Piaget (1975), o desenvolvimento não é linear, mas evolutivo e, nesse trajeto, a imaginação de desenvolve. Uma vez que a criança brinca e desenvolve a capacidade para determinado tipo de conhecimento, ela dificilmente perde a capacidade. É  com a formação de conceitos que se dá a verdadeira aprendizagem e é no brincar que está um dos maiores espaços para a formação de conceitos. Negrine (1994, p.19) sustenta que

 

       As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que contribuiu a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança.

         Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações que o brincar e o jogo oportunizam e favorecem a superação do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

         Na escola é possível o professor se soltar e trabalhar os jogos como forma de difundir os conteúdos. Para que isso aconteça é preciso que o educador selecione situações conteúdo com a atividade lúdica, mas, para isso, o jogo é uma das estratégias e não a única. Os jogos e os brinquedos constituem-se hoje em objetos privilegiados da Educação Infantil, desde que inserimos numa proposta educativa que se baseia na atividade e na interação delas.

         É buscando novas maneiras de ensinar por meio do lúdico que conseguiremos uma educação de qualidade e que realmente consiga ir ao encontro dos interesses e necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é antes de tudo uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a escola. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva ela será.

        Consideramos que a ludicidade é de fundamental importância para o desenvolvimento das habilidades motoras em crianças, pois através dos jogos e brincadeiras a criança se sente estimulada. Assim também a experiência da aprendizagem tende a se construir um processo vivenciando prazerosamente.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

SCHAEFER, (1994) – Terapêutica para reproduzir psíquicos

WILEY SCHWARTZ, G. M. Emoção, Aventura e Risco – A Dinâmica Metafórica de Vários Estilos – 2002.

FALCÃO, Ana Patrícia Bezerra. RAMOS, Rafaela de Oliveira. A importância do brinquedo e do ato de. Brincar para o desenvolvimento psicológico de crianças de 5 a 6 anos. Belém, 2002.

MINESTRINA V. e BEYER M. A. O lúdico – Uma forma de educar na Ed. Infantil. In. Revista de divulgação técnico _ científica do ICPG. Vol.3, n.9, p.185 – 188, 2006.

SEVERINO, A. J. A formação profissional do Educador: pressupostos filosóficos e implicações curriculares. ANDE, Ano10, nº17, 1991.

  PIAGET, Jean. A formação simbólica da criança. Rio de Janeiro: Zhar, 1975.

NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Porto alegre: Propil, 1994.

VIGOTSKY, L. S. A formação sócia da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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