O ENSINO DA EDUCAÇÃO SEXUAL

 

Maria de Lourdes Moreira¹

Sídnei Figuêira Morêira²

Simone Garcia Moreira³

José Olimpio dos Santos

Discente do Curso Pós Graduação de Psicopedagogia Clínica Educacional¹

Discente do Curso Pós Graduação de Psicopedagogia Clínica Educacional²

Discente do Curso Pós Graduação de Psicopedagogia Clínica Educacional³

Prof. Doutorando, Orientador

 

Formação Continuada “Sala do Professor” para o Ensino Fundamental

 

 

RESUMO

 

Este trabalho tem como objetivo de analisar a importância do Ensino da Educação Sexual, diante da aprendizagem dos alunos. Tendo como ponto de partida as pesquisas e estudos bibliográficos. Buscando o principal interesse em verificar quais os subsídios que as escolas oferecem aos profissionais de educação para trabalhar com a educação sexual, nos primeiros anos do ensino fundamental. Nesse contexto constata-se que o ensino da educação Sexual deve ser trabalhado de uma forma clara e acessível, sanando as curiosidades das crianças, conforme sua maturidade levando-as aos debates, permitindo ampliarem seus conhecimentos. Concluindo assim sobre a perspectiva de socializar o conhecimento e de atuar na ampliação dos saberes para com os educando em seu meio.

 

 

PALAVRAS-CHAVES: Educação sexual, Aprendizagem, Curiosidades

 

 

INTRODUÇÃO

 

Dentro do processo educacional pode se desenvolver a perspectiva de proporcionar condições para aquisição de novos conhecimentos através do Ensino da educação Sexual nos primeiros anos do ensino fundamental, visando analisar a construção da história do conhecimento científico, diante o próprio corpo e, nas diversidades de aprendizagem, que leva o homem a compreender a importância do mesmo no seu dia a dia.

Nesta visão surge a possibilidade que leva a criança a estabelecer relações da curiosidade, do pensar e agir, indo além do que se vê. Com isso muitos professores que ignora esta curiosidade do educando e a nova meta da inclusão educacional ficando na mesmice do ensino tradicional, encontram grandes dificuldades de trabalhar a educação sexual diante as grandes mudanças que o mundo vem apresentando.

Percebe-se assim que o ensino da inclusão “educação sexual” é fundamental no processo aprendizagem onde as escolas precisam de forma clara e acessível esclarecer as curiosidades dos alunos, levando-os a desafios com oportunidades de produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagem. Deste modo, que o presente trabalho foi realizado visando uma grande perspectiva de contribuir para a melhoria do ensino num amplo geral, esperando uma transformação da realidade de vida dos educando, despertando nos educadores a importância do seu papel como agente de inovações, dentro da sala de aula e do processo ensino aprendizagem.

 


REVISÃO LITERÁRIA 

 

O TRABALHO DA EDUCAÇÃO SEXUAL NA ESCOLA

 

O trabalho de educação sexual na escola, se faz problematizando, questionando e ampliando o leque de conhecimentos e de opções para que o próprio aluno escolha seu caminho. Para que se faça um consciente trabalho de orientação sexual, é necessário que se estabeleça uma relação de confiança entre alunos e professores. Os professores precisam-se mostrar disponíveis para conversar a respeito dos temas propostos e abordar as questões de forma direta e esclarecedora, exceção feita as informações que se refiram a intimidade do educando.

Assim, propõe-se que a educação sexual oferecida pela escola aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade, com as crianças e os jovens. E a escola ao propiciar formações, atualizadas do ponto de vista cientifica e explicita os diversos valores associados a sexualidade e aos comportamentos sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes com os valores que ele próprio elegeu como seus.

Na escola em que se deseja integrar o trabalho da educação sexual que também contribui para a prevenção dos graves problemas como o abuso sexual e a gravidez indesejada, abre espaços também para as informações aliadas ao trabalho do autoconhecimento e de reflexão sobre a própria sexualidade ampliando a consciência sobre os cuidados necessários para a  prevenção desses problemas.

Sabe-se que a curiosidade das crianças a respeito da sexualidade são questões muitos significativas para a subjetividade, na medida em que se relacionam com o conhecimento das origens de cada um e com o desejo de saber. A satisfação dessas curiosidades contribui para que o desejo de saber seja impulsionado ao longo da vida, enquanto a não satisfação gera ansiedade, tensão e, eventualmente, inibição da capacidade investigativa.

A oferta por parte da escola, de um espaço em que as crianças possam esclarecer suas duvidas e continuar formulando novas questões, contribuem para o alivio das ansiedades que muitas vezes interferem no aprendizado dos conteúdos escolares.

 A escola, querendo ou não, depara com situações com as quais sempre intervém, seja no quotidiano da sala de aula, quando proíbe ou permite certas manifestações e não outras, seja quando optam por informar os pais sobre manifestações de seus filhos, a escola está sempre transmitindo certos valores mais ou menos rígidos, a depender dos profissionais envolvidos naquele momento.

 

 

 “Nesse aspecto, a Educação Sexual pode dar sua contribuição à formação do cidadão, ao desenvolver metodologias que enfatizem a curiosidade e a construção de conhecimentos, a comprovação e justificativa de resultados, na criatividade, na iniciativa pessoal e no trabalho coletivo da autonomia advinda da confiança da própria capacidade de enfrentar desafios. (Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 27)

 

Falar em formação sexual básica para a cidadania significa refletir sobre condições humanas de sobrevivência, sobre a inserção das pessoas no mundo do trabalho, das relações sociais e da cultura e sobre o desenvolvimento da crítica e do posicionamento diante das questões sociais. Assim, é importante refletir à respeito da colaboração que a Educação Sexual tem a oferecer com vistas à formação da cidadania.

Com a inclusão da orientação sexual nas escolas, a discussão de questões polêmica e delicadas, como masturbação, iniciação sexual, o ficar e o namoro, homossexualidade, aborto, disfunções sexuais, prostituição e pornografia, dentro de uma perspectiva democrática e pluralista em muito contribui par ao bem estar das crianças, dos adolescentes e do s jovens na vivência de suas sexualidades atuais e futuras.

Nesse sentido, a sexualidade é entendida como algo inerente, que se manifesta desde o momento do nascimento até a morte, sendo a sexualidade construída ao longo da vida, encontras-se necessariamente marcada pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se então com singularidade em cada sujeito.

 

Na interação desenvolvida pelos alunos em situações adversas, eles utilizam seus conhecimentos anteriores, submetendo-os à crítica, modificando-as, rejeitando-as ou completando-as, onde descobre novos contextos de conhecimentos e, dessa maneira, constrói novas concepções. ( Porto Alegre: Artmed- 1974).

 

A Educação Sexual faz parte da vida do homem desde os primeiros anos de vida, a sua maneira, as crianças participam de várias atividades, envolvendo brincadeiras, regras e posturas. Em situações reais onde os próprios pais devem não esconder da criança as respostas de suas curiosidades que deparam-se no dia a dia. Assim ela aprende conceitos sexuais naturalmente e, ao chegar à escola, já conta com uma base de conhecimento formada, cabendo à escola aprofundá-la e sistematizá-la da forma mais natural possível. Dessa forma diferente cabe a escola abordar os diversos pontos de vista, valores e crenças existentes nas sociedades, para auxiliar o aluno a construir um ponto de auto-referência por meio da reflexão.

Quanto à postura dos educadores precisa refletir os valores democráticos e pluralistas propostos e os objetivos gerais a serem alcançados. Em relação às questões de gêneros, por exemplo, os professores devem transmitir por sua conduta a valorização da equidade entre os gêneros e a dignidade de cada um individualmente.

Não compete a escola, em nenhuma situação, julgar como certa ou errada e educação que cada família oferece. O papel da escola é abrir espaço para que a pluralidade de concepções, valores e crenças sobre a sexualidade possa se expressar. Caberá a escola trabalhar o respeito às diferenças a partir da sua própria atitude de respeitar as diferentes expressas pelas famílias.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

                                                                 

Dentro dessa pesquisa apontaram situações que a Educação Sexual nos primeiros anos do ensino fundamental, proporciona diferentes situações que permitiram o ensino aprendizagem, diante as inovações exigidas, que estejam em constante evolução. Nessa concepção é necessário provocar oportunidades e contextos para que a mesma mostra se útil aos alunos, permitindo ampliarem suas noções e suas habilidades de pensamento, descobrindo a aprendizado de uma forma clara. É preponderante salientar e afirmar que a educação sexual é um fator essencial no processo de ensino aprendizagem, pois desperta nas crianças a curiosidade e saciando a mesma, levando-as a desafios, melhorando o nível de conhecimento. Esta eficiência em trabalhar de uma forma segura e extrovertida favorece aos educando e educadores das séries iniciais a liberdade, interagindo ao seu meio educativo escolar e social do dia a dia. Este trabalho vem proporcionar meios que possa contribuir para que haja uma análise sobre como está sendo trabalhado a sexualidade nas escolas e, que possa incentivar o corpo docente das mesmas a produzir métodos que venham possibilitar uma melhor educação e  a auto-estima dos alunos, visando ampliar  um melhor conhecimento na aprendizagem na educação sexual.

 

 

REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

 


 

PCNs - Parâmetros Curriculares Nacionais –– Matemática. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental – 3ª Ed. - Brasília: A Secretaria, 2001.

 

Escola Ciclada de Mato GrossoNovos Tempos e Esperança para Ensinar, Aprender e Sentir, Ser e Fazer. End. Educação de Mato Grosso - Cuiabá – 2000.

 

Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil./ Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

BRITTO, N. C. Didática Especial. Editora do Brasil S/A, 34ª Ed., nº 14089.

 

 

 

AGRADECIMENTOS

 

 

“Ao bom Deus que deu-nos a vida, possibilitando que pudéssemos desafiar cada aventura que surgirem em nosso caminho no decorrer do estudo desta área, usando nos da inteligência, a paciencia e a capacidade, fortalecidos pelas nossas familias.

Ao grupo de estudo que diante aos debates sobre os assuntos puderam nos fazer melhor esclarecimento sobre o tema estudado”.

 

 

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